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segunda-feira, 24 de junho de 2013

caminhos de xangô


Jakutá –
É a representação da justiça e da ira de Olorun, miticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô. Veste marrom com branco.

Afonjá –

Senhor real da casa de Songo em Oyo,
Filho de Iyemoja, guardião do amuleto de Obatala.
Era também Arè-Onankakanfo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oyó, no início do século dezenove, Oyó era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram como Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o poder absoluto sobre o Reino Yorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oyó e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se independente de Oyó. Com isso o Rei de Oyó Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traiu o Império Yorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem traiu seu antigo rei ele voltaria  trair tantos outros.

Igbarú –

Caminha com Iyemonja e Esú,
Usa de marrom e preto.
Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra, senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destruir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida, adentrando na terra. 

Ogodo –

Como a maioria dos Songos são ligados a Iyemoja,
É aquele que usa dois oxes,
Usa marrom,
É um xango jovem.

Obain –

Diferente dos outros é ligado a Oyá,
Adora dançar ilu,
Come acarajés,
Usa marrom.

Obalubê –

Esposo de Oba Oya e Osun! Repugna traição,
Senhor do vermelho,
Adora amala,
Responsável, serio, preza pelos bons costumes.

Aganjú -

Filho caçula de Oraniyan e Iyamasse, não era bem visto por seus irmãos pois não tinha sentimentos guerreiros.
Tem poder sobre as montanhas e os vulcões.
Aganju pode ser traduzido como: Agan = estéril, ju = deserto, ou mais precisamente como: local desconhecido, inexplorado, desabitado.

Recebe o título de Òkèrè ao tornar-se esposo de Yemoja... Da união com Aganju, Iemanjá deu à luz a Orungã, o ar, o espaço entre a terra e o céu.

Itinlé - 

veste branco e é ligado a Yemanja Sobà e Osun Karé. Foi ele quem carregou Oxàlúfan nos ombros e tentou coloca-lo contra Xàngó , dizendo que ele teria passado os sete anos na prisão por culpa de seu filho, Xàngó. Por isto existe uma kizila entre Ayrà e Xàngó , não podendo Ayrà ser posto em cima do pilão , pois provoca a ira de Oxàlúfan. Come com Exù.  
É o filho rebelde de Obatalá. Ayrá Intilé foi um filho muito difícil, causando dissabores a Obatalá. 

Igbonan - 

É um título de Airá que significa  floresta de fogo, faz referência ao ato da fogueira  em que Airà a acendia em reverência  a Xangô. É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança acompanhado de Iansã, pisando as brasas incandescentes. Conta o mito que Ibonã foi criado por Dadá, que o mimava em tudo o que podia. Não havia um só desejo de Ibonã que Dadá não realizasse. Um dia Dadá surpreendeu Ibonã brincando com as brasas do fogão, que não lhe causavam nenhum dano. Desde então, em todas as festas do povoado, lá estava Airá Ibonã, sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras.

Adjaosi - 

É o eterno companheiro de Oxaguiã. Um dia, passando Oxaguiã pelas terras onde vivia Airá Osi, despertou no jovem grande entusiasmo por seu porte de guerreiro e vencedor de batalhas. Sem que Oxaguiã se desse conta, Airá trocou suas vestes vermelhas pelas brancas dos guerreiros de Oxaguiã, misturando-se aos soldados do rei de Ejibô. No caminho encontraram inimigos ao que Osi, medroso que era, escondeu-se atrás de uma grande pedra. Oxaguiã observava a disputa do alto de um monte, esperando o momento certo de entrar nela, mas, para sua surpresa, percebeu que um de seus soldados estava de cócoras, escondido atrás da pedra. Sorrateiramente Oxaguiã interpelou seu soldado e para sua surpresa deparou-se com Airá que chorava de medo, implorando seu perdão, por haver enganado o grande guerreiro branco. Oxaguiã, por sua bondade e sabedoria, compadeceu-se de Airá Osi. No entanto, como punição pela mentira de Airá, decidiu que naquele mesmo dia o jovem voltaria à sua terra natal vestindo-se de branco e nunca mais usaria o escarlate, devendo dedicar-se a arte da guerra para poder seguir com ele em suas eternas batalhas. 

Módè, Mófè ou Álàmódè 

É um título de Ayrá.  É considerado o pai das águas quentes, pouco difundido nos terreiros, este Aiyra vem acompanhado de Osun Iyponda. Conta o mito que Modé vestiu-se de Osun para ser confundido durante uma busca para prende-lo, sendo assim, geralmente ele é cultuado sendo "Iyagba", seus animais são fêmeas e seus filhos geralmente mais delicados, ardilosos que choram com facilidade para chegarem ao seu alcance.

Óbómìn, Bómìn ou Ygbómìn -  

mais um título de Airá. É bom, conselheiro, dono da verdade, reina nas águas junto com Oxun foi ele que Oxalá transformou em seu primeiro ministro. Não faz nada sem perguntar a Oxalá.


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