Translate

domingo, 23 de junho de 2013

oxossi


Orixá dos caçadores, seria o irmão mais novo ou filho de Ògún. Seu culto é muito popular em Cuba e no Brasil, mas está praticamente extinto na África. A explicação pode estar no fato da cidade de Ketu ter sido dizimada na ocasião das guerras africanas e do tráfico negreiro. 
Oxossi está ligado ao frio, à lua, à madrugada, à caça, à agricultura.
Para os nàgó, Oxossi vem a ser irmão caçula de Èxù e de Ògún, sendo filho de Iemanjá, tendo sido conhecido também como Olofin Benin. Rei de Benin. A importância de Oxossi prende-se a vários fatores:
1º - fator de ordem material. Como Ògún, Oxossi também protege os caçadores, chamados de Odé;
2º - Fator é de ordem médica. As folhas terapêuticas para cura de várias mazelas.
3º - Fator de ordem social. Organização de grupos para adquirir alimento, seja através da caça, seja através da agricultura;
4º - fator de ordem administrativa. Divisão da terra para plantio.
Os nàgó consideravam as três forças matrizes da natureza: Èxù, a energia primordial; Ògún, a era dos metais, o trabalho agrícola, o movimento, a razão e a justiça; Oxossi, a força primitiva que propagava o desbravamento das florestas, a era da caça e da pesca, os instrumentos rudimentares para que, com seu uso, o homem passasse de nômade a sedentário;Xangô, o fogo, os raios e trovões, o homem emoção.
Odé sempre vem acompanhado de Ògún. É muito difícil de apresentar-se isoladamente, devido a seu temperamento fechado e solitário. É Ògún quem o atrai, das matas para o ilê.
Rei do país de Ketu. Seu nome significa: Oxô - feiticeiro (popular); Osi - um dos irunmalé, guarda da esquerda. Na Nigéria, é considerado um orixá de segundo plano. Na África é um rei, Alàáfin de ketu. Dono da caça (oba eran).
Entre os nàgó, filho de Oxalá e Iemanjá. Outras versões dizem ser filhos de Apaoka, representada pela jaqueira. 
Oxossi vive nas grandes florestas, no alto das montanhas, cercado de animais, como os elefantes, a pantera, o leopardo e também as abelhas, consideradas suas mensageiras (por causa das abelhas, o ewo de Oxossi é o mel). Ele as recebeu como presente de sua mãe Opaoka. Ali elas depositaram seu mel, sob seu tronco. Segundo os nagô, os espíritos das mulheres habitavam as abelhas, enquanto os dos homens ficavam em determinado lugar no orun. Trás consigo os instrumentos da caça e da pesca, com os quais ensinou aos homens a sua técnica. Segundo as tradições orais, Oxossi revoltou-se com a incapacidade do ser humano diante dos elementos naturais hostis, como as tempestades, os animais selvagens, e, dessa revolta, criou utensílios com uma técnica evoluída, com os quais o homem poderia garantir seus meios de sobrevivência mais adequadamente. 
Se Ògún era irascível e não se deixava levar pelos sentimentos, sendo, às vezes, até mesmo cruel e sanguinário, Oxossi tinha um temperamento fechado, como as matas, taciturno e solitário. Inquiridor e carismático mirava seu alvo com argúcia e no silêncio. Mas também era protetor das aves, dos animais selvagens, das plantas e das árvores. Associado a Osanyin, conhecia os segredos das plantas medicinais e das ervas curativas. Está relacionado aos antepassados, tanto dos animais e da árvores, como dos homens, o que é representado pelo èrùkèrè, sua ligação com Iyansan, por quem se apaixonou e foi sua mulher, e com os espíritos dos mortos. Confeccionado originalmente
por pelos de búfalo. Suas nervuras simbolizam a ancestralidade, os espíritos dos mortos.
Nas casas de Oxossi nunca falta carne. Quando eles voltam da mata, sempre deixam um pouco de carne nessas casas. Oxossi e Oguun não comem separados e quando se dá comida a um, deve-se dar ao outro, também, pois são companheiros inseparáveis. Ògún ama Oxossi por sua sinceridade.
Oxossi rei de ketu, do azul claro, senhor de ibo (floresta), do owọ (dinheiro), do -ran oko (carne da caça = fartura).
Seu toque principal é o agerè.
Oke Arô 'le!

Nenhum comentário:

Postar um comentário