Agué é o Vodun da caça e das florestas.
Na mitologia Ewe e Fon. Ele tem uma só perna, ensinou aos homens os segredos das plantas e todas as artes. Agué é também o chefe de todos os aziza, ou espíritos da floresta similares aos elfos ou gnomos das mitologias européias.
Agué está ligado ao nosso cotidiano, sendo um vòdún responsável pela alimentação, caça e cultivo das plantas.
Ele é responsável pela fauna e flora e, é cultuado após Gun nos dias de festa. Agué é o senhor de todas as folhas, estando atribuído a ele, o domínio das mesmas e seu cultivo, desde o arar da terra, o adubo e o plantio. Usa Arco e flecha, sendo um grande caçador e, dentro da cultura jeje, o responsável pelo alimento de cada dia. Todas as sementes, folhas, caules, raízes, flores, etc, pretencem a Agué, sendo ele o guardião de toda a flora. Tem domínio também sobre todos os animais da floresta, aqueles que vivem e se alimentam na mesma, sendo responsável pela proteção desses animais, combatendo a caça ilegal e quem os maltrata juntamente com Òtòlú. É filho de Nanã e, com ela aprendeu o domínio sobre os mortos, tendo muita ligação com íkú e seus mistérios. Conhecedor de alta magia, Agué não teme íkú nem as terríveis íyámí òsóròngá, possuindo extremos laços com ambas energias. Águé ensinou para todos os seres humanos como cultivar as plantas e principalmente como utilizar as ervas medicinais. Para os mais velhos, Agué é o único vòdún que realmente é cultuado dentro do templo, sendo os demais cultuados em átínsás – as árvores sagradas. Não se inicia ninguém sem a interceção de Águé. Todas as ervas são de seu domínio mas, em particular, o Pèlègún simboliza a força desse vòdún, usando-o para controlar ou afastar os ègúns, sendo este um de seus mais preciosos átínsás. Pertence a família da terra e com certeza é o vòdún que melhor representa o poder de Àíkúgúmàn (terra), deixando bem claro a importancia da terra para a existência de todo ser vivo. Águé é a liturgia, a ancestralidade, a sabedoria, a herança e a hierarquia. É responsável pelo passar da cultura de pais para filhos, mantendo bem viva as lendas e o culto dos vòdúns, como toda tradição africana em geral. Muito coligado à seu irmão Íròkò ou Lòkò e a Sákpátá.
Katende, palavra Kimbundu, cujo significado é divindade não das folhas, mas dos remédios.
Esta divindade, que aparece como "Lagarto", e não "Lagartixa", Katende é encontrado como Katendi, árvore da floresta, Katendi, título de nobreza.
Katende (Lagarto) representa o remédio e com sua pele são confeccionados os sacos de medicamentos. Sabendo ele (Katende) que o homem tem apenas uma vida terrena, segundo a Lenda, o remédio, para ele, é fundamental contra as doenças. Se voltarmos a lenda da criação, veremos quando Nzambi disse que viriam outras divindades e ensinou os homens a lutar contra as doenças.
Katende é considerado um dos primeiros antepassados divinizados em forma de lagarto, portador do remédio, e progenitor do gogo sagrado entre os Baluba. Seu nome é exaltado nas canções infantis e nas iniciações, nas quais se cantam os remédios.
Agora, podemos entender melhor as cantigas quando denominamos Katende: irmão mais velho, sábio, Pai Senhor que nos traz a erva e coisa nenhuma nos fará mal, banho de força e poder, nascente da essência. Elas fazem alusão ao antepassado divinizado, Senhor dos Remédios.
O Nkisi Katende é o protetor dos animais das florestas, principalmente os de pequeno porte e também os répteis.Essa Divindade dos povos Bantu, tem grande importância para a fauna do planeta e também na proteção e manutenção dos animais selvagens das florestas. Divindade do retiro, vive isolada de tudo e todos, bem no interior das matas e florestas, também é conhecido como a Divindade protetora dos jacarés. Possui o poder absoluto sobre os repteis e aninais selvagens de pequeno porte das florestas, com isso, estabelece-se a germinação das mesmas! Esse Nkisi atua nos caminhos da saúde física e mental do ser humano.
Osanyin é a entidade das folhas sagradas, ervas medicinais e litúrgicas.
É o detentor do axé (força, poder, vitalidade), de que nem mesmo os Orixás podem privar-se. Esse axe encontra-se em folhas e ervas específicas. O nome dessas folhas e o seu emprego é a parte mais secreta do ritual do culto dos Orixá, Vodun e Inkice.O símbolo de Osanyin é uma haste de ferro de cuja extremidade superior partem sete pontas dirigidas para o alto. A do centro é encimada pela imagem de um pássaro. Osanyin é o companheiro constante de Ifá.
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