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domingo, 23 de junho de 2013

omolu





Obalùaiyé = Rei da luz do mundo = Obá – rei; lu – luz; aiye – mundo. Ou ainda Obalùwaiyé = Obá + Olúwa + àiyé = Rei + Senhor + Terra. Rei que é Senhor da Terra. Senhor da grande luz da terra.
O grande senhor da morte que pode evitá-la quando bem entende. É também chamado Xonpõná e conhecido como Nsumbu e Kaviungo na nação Angola.
Ele e sua mãe Nàná Buruku, seriam oriundo do Mahi e, como divindades, teriam sidos incorporados no culto Yorubá. Por esta razão, os peji desses orixás ficam separados dos outros.
Omolu nasceu em Dahome, depois de 17 anos de culto a terra, este culto percorre sete cidades: Sake, Lake, Pedigi e outras até chegar na Nigéria. Chegando lá, estes o saúdam de outra forma sendo: Omolu: Filho/luz = Senhor da grande luz.
Obaluaiye e Nàná Buruku não fizeram parte dos 16 companheiros de Odùdúwà quando da chegada a Ifë, pois já estavam instalados em Oke Itaxe antes mesmo da chegada de Orunmìlà naquele local.
Os cultos de Obalùwaiyé e Nàná têm uma característica comum em todo o continente africano, pois durante os rituais que sacrificam animais não há a presença de instrumentos de ferro ou de aço, indicando a antigüidade desses dois orixás, mostrando assim que fizeram parte de uma civilização anterior à idade do ferro que só apareceu com a chegada de Ògún que veio junto com Odùdúwà para Ifé.
Os habitantes de Ibadan diziam que Obalùwaiyé é originário do território de Tapá ou Nupé tendo sido inclusive um dos reis dos tapá.
As palavras Sakpata ou Xonpõná são nomes como Obalùwaiyé é conhecido no idioma nàgó.
Mauhy: indicava a mãe terra dos nàgó.
Sakpata: A cidade principal desta terra.
Xonpõná: A capital desta cidade.
Segundo uma lenda, Obalùwaiyé teria levado seus guerreiros aos quatro cantos do mundo e as feridas feitas por suas flechas, tornavam as pessoa cegas, surdas e mancas. Ao chegar ao Dahomey, um bokonõ teria revelado a forma de acalmar a fúria de Obalùwaiyé com oferendas de pipocas. Tranqüilizado pelas atenções recebidas, o vodu mandou construir ali um palácio, onde passaria a morar. O país então prosperou e voltou a calma.
Xonpõná teria nascido na região Mauhy numa aldeia "pingini vedji" que quer dizer grande chapada ou savana (terra seca). Perto da cidade de Dassa Lumé.
Os yorubá classificam Xonpõná como sendo um orixá de duas espécies.
Xonpõná Airo: origem Tapa ou Nupe.
Xonpõná Boku: origem dahomeana.
É o orixá da cura das doenças, catapora, varíola, lepra e todas as doenças de pele. Sendo seu nome tabu.
A palavra Sakpata ou Xonponã (também pronunciado no Brasil como Xapanã), significavam, mãe terra. Indicadas pelas palavras. Kabyesi Olutapa Elémpe, que quer dizer: venha ver o rei dono das terras de Tapa e de Nupe.
Omolú e Nànásão orixás originários da cultura EweFon que foram assimilados pela cultura ioruba.
Um dos preceitos de Obalùwaiyé é o Ikaraun e outro é o òrògbó, que lhe dá o oriki de Olúòrògbó.
Omolu é um orixá que tem ligação com as formigas brancas, um dos vários insetos que tem simbolismo no culto ioruba.Para uns, Omolu é filho de Nàná com Oranyàn. Para outros, Omolu e Xonponá são filhos de Yemòwo na região do lado da Nigéria. Em Abeokutá e em Ketu, ele é filho de Nàná Buruku, nas regiões vizinhas de Togo, Omolu passa a ser Molu e é diferente de Xapanã, de divindade da terra, passa a ser divindade das águas.
Nana Buruku, passa a ser Buku em atakpamé, onde ela toma um caráter de divindade criadora de todas as coisas, em Dassa ela é mulher de Davisé.
Na África, Omolu faz parte dos intitulados "entidades da desintegração", ligado à terra, juntamente com sua mãe, Nàná e também Oyá. Segundo a tradição, eles representam a dualidade e a fatuidade de nossa existência, visto que todos nós nascemos para morrer. Eles simbolizam o princípio e o fim, a transformação. Estão ligados ao sol - o leste e ao ocaso - oeste, à noite e ao dia, a tudo o que teve um começo e, fatalmente terá um fim.
Enquanto sua mãe Nàná foi gerada da lama primordial, Obalùwaiyé governa a terra, quente, seca, dura. Isto lhe propicia também o poder sobre as colheitas e sobre tudo o que nasce da terra.Quando de nossa vinda a terra, já trazemos a morte e a doença como companheiras inseparáveis. O homem teme Omolu da mesma forma que teme a morte, seu encontro com o infinito desconhecido.
Omolu ou Obalùwaiyé, são orixás àlayé, ou seja, Senhor da vida e da morte, Rei de todos os espíritos do mundo e dos ancestrais, oculta sob seu manto de palhas da costa, o axó iko, o segredo da morte e do renascimento!
No entanto, ele não é apenas símbolo de destruição. Se mata, também cura. Se atrai a peste e a doença, também as expulsa. Sua relação com a morte é considerada a partir de que aquele que faz a passagem passa a lhe pertencer, o Senhor do reino dos mortos.
Seu capuz de palha da costa encobre um ser velho, manco e aleijado, protegendo os homens das doenças, das pestes e das epidemias, isolando os poderes maléficos desses processos.
A palha da costa é reverenciada nos rituais fúnebres, bem como a palmeira de onde é colhida e da qual também se confecciona o lagdiba, passaporte para uma morte tranqüila e perene ligação com os antepassados.

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