.jpg)
Entre os povos Yorùbá, o culto a Ìbejì começa quando nasce um casal de gêmeos em uma família.A palavra Ìbejì vem da contração das palavras:
Ìbí – (nascimento) e Èjì (dois).
Nas sociedades tradicionais africanas, considerava-se que os Ìbejì ou gêmeos, tinham uma origem sobrenatural. Naquela época, os Yorubá tratavam os Ìbejì recém-nascidos com uma rejeição imensa. Felizmente esta crença foi superada, e hoje a chegada dos Ìbejì não é apenas aceita, como também bem-vinda e querida.
Conta-se em um Itan (conjunto de lendas ou histórias passadas oralmente, de geração em geração, pelos povos Yorùbá), que os Ìgbejì foram filhos de Oya e Odé.
Os yorubás acreditam que tudo que existe na Terra é duplo, e essa "segunda parte" fica no Orún, quando nasciam os gêmeos acreditavas-se que a parte que deveria estar no Orún encarnava junto e então se sacrificava uma das crianças.
Entre as divindades africanas, Ìgbejì é o que indica a contradição, os opostos que caminham juntos, a dualidade de todo o ser humano. Ìgbejì mostra que todas as coisas, em todas as circunstâncias, têm dois lados, e que a justiça só pode ser feita se as duas medidas forem pesadas ou se os dois lados forem ouvidos.
Ìgbejì ao contrário do que muitos pensam estar longe de ser criança, diferente da divindade Vunji dos Bantus, Ìgbejì representa os gêmeos, a dualidade enquanto os Vunji é o casal de crianças. O sincretismo entre as nações do candomblé fez com que os conhecimentos se misturassem e tudo ficasse um tanto confuso.
Ìgbejí comem doces em geral, banana da terra, feijão fradinho, caruru dentre outras iguarias.
Ìgbejí são ancestrais e por isso não podem ser iniciados em pessoas, só são assentados para famílias que possuem filhos gêmeos. O culto a Ìgbejí se perdeu ao longo dos anos, e hoje quase não se cultuam mais essas divindades, misturando seu culto ao de Vunji (Divindade Infantil dos Bantus, protetora das crianças) e dos Erês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário