Candomblé antigo, sinto saudade só de pensar
Só de pensar, queria eu fazer o tempo voltar,
Em que os candomblés, tinham chão de terra batida, Paredes pintadas de cal,
Uma cumeeira apenas, sem segundo andar,
Em que as mulheres entravam na roda com saias simples porém bonitas e muito bem costuradas,
Aonde elas carregavam nos seios, laços singelos representando a feminilidade,
E os orixás reluziam adês e adereços em latão,Azés eram traçados a mão,
Em que as paredes brancas da casa eram cobertas com simples folhas de mariwo,
Em que durante a tarde o fogo de lenha ardia em chamas preparando a comida do Orixá,
Em que caia a noite e o candomblé estava prestes a começar, se faziam rezas para
O lampião o terreiro iluminar,
Candomblé que tinha poço, e cada orixá tinha sua casa para morar,
Onde as mulheres exibiam belas baianas de rechilier, com pés no chão, sem Pinturas ou rosto a enfeitar,
Os homens com suas calças e camisa brancas de quase cegar os olhos,
O candomblé começava todos cantavam alegremente, quando o orixá se Manifestava era uma gritaria só, todos anciosos esperando os orixás em corte na Sala entrar,
Pegávamos nossas esteiras, no chão a forrar,
Ali sentavamos, e quando o orixa vinha para o salão, mais uma vez ! uma gritaria Só, que meus ouvidos quase "estourar" quando tirada a primeira cantiga pela Iyalorixá, todos respondiam em voz alta e no calor das palmas sem o ritmo Atravessar,
Quando o orixá estava prestes a ir embora, lagrimas eu via rolar,
E quando a "macumba" terminava minha barriga ia salvar Aquela mesa enorme, e tinha o tradicional as vezes risoto, cabrito, galinha, arroz, Farofa e tudo mais para a gula atiçar, naquele tempo o que reinava mesmo era a Água e o guaraná, acabando tudo, o dia a clarear deitávamos o ori pra ele Descansar.
s: A QUARESMA : Rei dos Grãos e Lorogun - A qu Caminhos de Òsún ...
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